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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Ponto eletrônico entra em vigor no dia 3 de outubro


A partir de 3 de outubro, empresas que fazem o controle eletrônico de ponto devem estar adequadas às normas da Portaria nº 1.510/09. Composto por 31 artigos, o documento estabelece regras que devem ser obedecidas tanto pelo empregador como pelo funcionário para que o registro eletrônico de ponto seja eficiente e confiável. Segundo o Ministério do Trabalho, o objetivo do sistema é impedir que horários anotados na entrada e saída do expediente de trabalho sejam alterados.
Para José Chapina Alcazar, presidente Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo (Sescon-SP) e coordenador do Fórum Permanente em Defesa do Empreendedor, aobrigatoriedade de adesão ao novo sistema é absurda.
“Entre outras medidas abusivas, as empresas terão de manter equipamento com capacidade de funcionamento de 1,4 mil horas ininterruptas em casos de falta de energia e a disponibilizar impressora de uso exclusivo para impressão de qualidade para durabilidade de cinco anos de todas as marcações feitas.”
Quase dois anos depois de anunciada, a nova legislação ainda é motivo de discussão e muita dúvida. Há inclusive um Projeto de Decreto Legislativo em trâmite no Senado Federal, apresentado pela senadora Niura Demarchi (PSDB-SC) para sustar os efeitos da Portaria nº 1.510/09.
O Sescon-SP e o Fórum Permanente em Defesa do Empreendedor continuarão na luta pela anulação da obrigatoriedade, que traz ônus às empresas, não garante o fim das fraudes trabalhistas e ainda afeta o meio ambiente. “As novas regras contêm medidas onerosas, complexas e que demandam grandes investimentos das organizações, principalmente, das micro e pequenas”, argumenta Chapina Alcazar.

Pesquisa: Empreendedor Individual: Emitir nota e conquistar clientes são os principais benefícios


Pesquisa revela vontade de crescer do empreendedor individual
Possibilidade de emitir nota fiscal e buscar novos clientes são o foco do levantamento
Brasília – Uma pesquisa encomendada pelo Sebrae com 10.585 empreendedores individuais em todo o país revelou que a característica mais marcante de quem se formalizou é a vontade de crescer – 87% afirmaram que planejam faturar mais do que R$ 36 mil por ano e subir para a categoria de microempresa.
O programa Empreendedor Individual foi criado pela Lei Complementar nº 128/2008 e já possibilitou a formalização de mais de 1,5 milhão de trabalhadores que viviam na informalidade. A legislação, que ampliou os benefícios da Lei Geral da Micro e
Pequena Empresa, permite a formalização de trabalhadores por conta própria com faturamento anual de até R$ 36 mil (limite que será ampliado para R$ 60 mil).
A vantagem de ter uma empresa formal, como ter CNPJ e emitir nota fiscal, foi apontada por 60% dos entrevistados como principal motivo para a formalização. Isso demonstra o foco no desenvolvimento dos negócios, antes mesmo da busca pelos benefícios da Previdência Social, indicados como principal motivo para 37% dos entrevistados.
O músico brasiliense Murilo Timo Neto é um exemplo dessa trajetória. Ele se formalizou comoEmpreendedor Individual e, em pouco tempo, migrou para o patamar de microempresa graças aos bons resultados. “Trabalhar como Empreendedor Individual me ajudou muito. Com a possibilidade de emitir nota fiscal, atendi clientes do governo e minha demanda aumentou”, relata.
Outro dado da pesquisa é que 57% dos empreendedores individuais já tinham seu negócio quando se formalizaram. Já 21% trabalhavam com carteira assinada e passaram a empreender. Eles estão distribuídos em todos os segmentos: 39% atuam no comércio, 36%, em serviços, 18% na indústria e 7% na construção civil.
A formalização teve especial reflexo no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que passaram a ter uma maior participação no conjunto de negócios registrados. Na região norte estão 7% do total de empreendedores individuais do país, ante 3% do total de micro e pequenas empresas. No Nordeste, a participação dos empreendedores individuais é de 22%, enquanto as MPE são 15%. E o Centro-Oeste abriga 10% dos empreendedores individuais e 7% das MPE.
A pesquisa aponta ainda que 47% dos formalizados têm o ensino médio/ técnico completo, índice superior à média da população brasileira, de 26%. Mas, 69% deles aprenderam a profissão na prática, enquanto 27% adquiriram o conhecimento em cursos e treinamentos. A obtenção de empréstimos precisa ser mais trabalhada com esse público. Somente 12% buscaram crédito e menos da metade deles conseguiu o financiamento pretendido.

País dos impostos complicados


O Brasil é campeão mundial de complicação no pagamento de impostos e contribuições. O peso dos encargos – dos mais altos do mundo – é só um dos problemas suportados pelas empresas, quando têm de cuidar da tributação. Além de pesados, os tributos são incompatíveis com a inserção global da economia, porque encarecem toda a atividade empresarial, desde o investimento em máquinas e instalações até a exportação ou a venda final no mercado interno. Tanto no exterior quanto no País, o produtor nacional fica em desvantagem diante do concorrente estrangeiro. Essas características bastariam para fazer do sistema brasileiro um dos piores do planeta. Mas há mais que isso.

As companhias gastam muitas horas de trabalho só para acompanhar e decifrar as mudanças de regras e para seguir todos os trâmites necessários ao cumprimento de suas obrigações. É muita mão de obra desperdiçada numa atividade custosa e sem retorno, tanto para a empresa como para a economia nacional.
As empresas brasileiras gastam em média 2.600 horas por ano com os procedimentos necessários para cumprir as normas tributárias. Isso equivale a 325 jornadas de 8 horas. Foi o pior desempenho nesse quesito identificado em pesquisa anual da consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) em colaboração com o Banco Mundial (Paying Taxes 2011). Segundo o levantamento, realizado em 183 países, o tempo médio gasto para o cumprimento das normas tributárias é de 282 horas, ou 35 dias de trabalho. O tempo despendido no Brasil é mais que o dobro do consumido no segundo país em pior situação, a Bolívia – 1.080 horas. No Chile, frequentemente classificado como o país mais competitivo da América Latina, gastam-se 316 horas. Na França, 132. Na Alemanha, 215. Nos Estados Unidos, 187. Na Índia, 258. Na China, segunda maior economia do mundo, 398.
O tempo consumido no Brasil para o cumprimento das obrigações se mantém desde 2006. Nesse período, houve reformas tributárias em 60% dos países cobertos pela pesquisa, os sistemas foram aperfeiçoados, tornaram-se menos onerosos e, além disso, os procedimentos foram simplificados. Na média, o peso dos tributos caiu 5%, o tempo de trabalho ficou cinco dias menor. Também houve redução no número de pagamentos efetuados. Na média, cerca de quatro recolhimentos foram eliminados.
Na China, a unificação de procedimentos contábeis e o maior uso de meios eletrônicos permitiram às empresas poupar 368 horas de trabalho e 26 pagamentos por ano. Na América Latina os procedimentos continuam complexos, mas, apesar disso, as empresas dedicam em média 385 horas à administração dos impostos, apenas 14,8% do tempo consumido no Brasil. Houve descomplicação das tarefas em vários países da região, segundo a pesquisa. No Brasil, as mudanças foram insignificantes. Quanto às economias mais avançadas, operam, de modo geral, com sistemas bem mais simples. Também isso contribui para a competitividade de suas empresas.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

SPED: EFD ICMS/IPI: Guia Prático versão 2.0.6


Disponibilizada para download a versão 2.0.6 de que trata o art. 1º do Ato COTEPE ICMS 41/11.
Atenção: A partir de janeiro de 2011, o número da Chave de Acesso da NF-e e CT-e passa a ser campo obrigatório, inclusive para operações de saídas.
Fonte: Receita Federal do Brasil

Os municípios e a NFS-e: o que as empresas precisam fazer?


Assim como os outros projetos de Documentação Eletrônica, a Nota Fiscal de Serviços eletrônica(NFS-e) veio pra ficar, e com certeza trará melhorias significativas em todas as atividades de prestação de serviços. Mas como as empresas devem se adequar frente aos diferentes layouts de integração das prefeituras?
NFS-e trará muitos benefícios para os contribuintes prestadores de serviços, isso não há o que se discutir. Após implantada e em funcionamento, basta apenas usufruir das suas vantagens. Mas até lá, há alguns desafios a serem superados, principalmente pelas empresas de desenvolvimento de softwares de gestão e prestadores de serviços que possuem filiais distribuídas em várias cidades.
Mas qual é a dificuldade?
A principal dificuldade de que estou falando é a falta de padrão na integração entre prefeituras e contribuintes. Cada município vem adotando um modelo diferente de integração, dificultando o desenvolvimento da comunicação no sistema de gestão dos contribuintes. Os que mais sofrem são as empresas com várias filiais e os desenvolvedores de softwares de gestão (ERP).
Reparem nesses dois números: (i) Em torno de 400 municípios já se adequaram a NFS-e, ou estão em fase de adequação; e (ii) Existem mais de 40 modelos de integração diferentes. Se compararmos com a NF-e, que possui um único modelo de integração independente do estado, já podemos imaginar a diferença entre as duas Notas Eletrônicas e o volume de trabalho necessário para manter uma solução que atenda perfeitamente a este cenário.
O que há de diferente nos padrões dos municípios?
Podemos citar alguns dos itens que podem variar de acordo com o ambiente de cada prefeitura: (i) regras de validação, como quantidade de itens de serviço, % de imposto, impressão do DANFSe e outras; (ii) layouts com informações diferentes, depende da necessidade de cada município; (iii) integração online (webservices) e offline (arquivos TXT ou XML); e (iv) uso e não uso de Certificado Digital, algumas prefeituras solicitam apenas usuário e senha.
Esses são apenas alguns dos itens que podem ser diferentes. Conforme as prefeituras estão se adequando, novos padrões de integração são criados e novas surpresas vão surgindo. Como as prefeituras estão aderindo de forma muito rápida (mais do que o esperado), vamos em breve ultrapassar os 50 modelos de integração e os 500 municípios com obrigatoriedade. Para empresas com atuação a nível nacional, este pode se tornar um cenário que trará grande demanda técnica (custo operacional).
O que as empresas precisam fazer?
Uma das possibilidades é desenvolver a integração com cada município. Entretanto, esta não é uma opção financeiramente viável, nem a curto e nem a longo prazo. Uma vez desenvolvida uma solução, é necessário mantê-la, e o custo dessa manutenção pode se tornar muito elevado. Esta conta é válida tanto para uma empresa prestadora de serviços, quanto uma empresa de desenvolvimento de software de gestão.
Hoje já existe no mercado soluções especialistas no assunto NFS-e. Soluções que já integram e estão homologadas com um grande número de municípios, de fácil integração com os sistemas de gestão dos contribuintes e o principal: adequadas a realidade de cada município com NFS-e. Avaliar a possibilidade de parceria é algo deve estar no escopo do projeto antes de iniciar o seu desenvolvimento. No modelo de parceria há diversas vantagens técnicas, comerciais, financeiras e administrativas, basta procurar pelo parceiro certo: aquele que puder contribuir com mais benefícios.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Aprovado projeto que amplia aviso prévio para 90 dias.


O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira, dia 21.09, o Projeto de Lei nº 3.941/1989, do Senado Federal, que aumenta dos atuais 30 dias para até 90 dias o aviso prévio que o empregador deve conceder ao trabalhador no caso de demissão. A matéria será enviada à sanção presidencial.

De acordo com o texto, para os trabalhadores que tiverem até 1 ano de trabalho na mesma empresa, o aviso prévio será de 30 dias, garantido pela Constituição. A esse período, deverão ser acrescentados 3 dias para cada ano de serviço prestado na mesma empresa, limitados a 60 (equivalente a 20 anos de trabalho). Assim, a soma desses períodos perfaz um total de 90 dias de aviso prévio.

(Conteúdo extraído do site do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região)

CNI: pesquisa mostra que 96% dos empresários criticam sistema tributário brasileiro

Sondagem da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada hoje (20), mostra que 96% dos empresários criticam o sistema tributário brasileiro. Os números estão na Sondagem Especial: Qualidade do Sistema Tributário Brasileiro. Dos entrevistados , 79% consideram o sistema muito ruim, 17% ruim, 3% acreditam que o sistema é bom e apenas 1% acham que o sistema é muito bom. Foram ouvidas 1.692 empresas, sendo 915 de pequeno porte, 535 médias empresas e 242 de grande porte, de 1º a 15 de julho de 2011A pesquisa também revelou que a avaliação do sistema tributário quanto à simplicidade também é negativa, com 59,8% considerando o sistema muito complicado e 30,5%, complicado. Quanto à transparência, 86% dos empresários reprovam o sistema tributário brasileiro e 91% apontam que a excessiva carga tributária é uma característica negativa. “Na verdade, quando falamos de transparência não é sobre a aplicação dos recursos. Na verdade, é sobre o tributo. Ninguém sabe ao certo quanto tem de tributo em um litro de leite ou de gasolina e assim por diante”, disse o gerente executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco. A pesquisa também revelou que a avaliação do sistema tributário quanto à simplicidade também é negativa, com 59,8% considerando o sistema muito complicado e 30,5%, complicado. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) foi apontado por 70% das empresas como o tributo que mais causa impacto negativo na competitividade da empresa. A proposta do governo, de unificação das alíquotas do ICMS, deve ser, para 72% das empresas, uma das prioridades da reforma tributária.  
Ao ser perguntado sobre a elevação recente do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), adotada pelo governo para carros importados, exceto para os veículos da Argentina e os do México, Castelo Branco disse que, nesse caso, a medida foi uma defesa do mercado brasileiro face a uma penetração forte e agressiva dos automóveis estrangeiros no mercado brasileiro – em função da deficiência de competitividade da economia brasileira, mas também pela forte valorização do câmbio.

SPED: NF-e: SEF/MG: Nota Técnica 02/2011: emissão da NFe no ambiente de homologação


Informamos que conforme Nota Técnica 02/2011, no caso de emissão da NFe no ambiente de homologação, o campo E04 (x nome) ‘Razão Social ou nome do destinatário’ deverá ser preenchido com “NFe EMITIDA EM AMBIENTE DE HOMOLOGAÇÃO – SEM VALOR FISCAL”. Caso o preenchimento não seja feito desta forma, a NFe será rejeitada com código 598 – “NF-e emitida em ambiente de homologação com razão social do destinatário diferente de NF-E EMITIDA EM AMBIENTE DE HOMOLOGAÇÃO – SEM VALOR FISCAL.
Fonte: SEF/MG

Da primazia da essência sobre a forma no ordenamento contábil brasileiro – Parecer Orientação nº 37 – CVM


PARECER DE ORIENTAÇÃO Nº 37, DE 22 DE SETEMBRO DE 2011
Recepção dos conceitos de representação verdadeira e apropriada (true and fair view)
e da primazia da essência sobre a forma no ordenamento contábil brasileiro.
O ordenamento contábil trazido a partir da promulgação da Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007, incorporou diversas inovações à contabilidade brasileira com o intuito de produzir demonstrações financeiras mais úteis aos investidores e aos demais usuários externos em seus processos de alocação de recursos. Esse novo ordenamento, decorrente da adoção das normas internacionaisde contabilidade (IFRS), visa a melhorar a infraestrutura informacional do mercado de capitais nacional, reduzindo assimetrias.
Muitos conceitos trazidos pelas IFRS não são necessariamente inéditos para a doutrina contábil brasileira, mas certamente trazem novidade à prática profissional de muitos contadores e ao ambiente contábil das companhias. Nesse contexto, está sendo quebrado um paradigma cultural há muito presente em nosso ambiente econômico-financeiro, segundo o qual os eventos econômicos eram interpretados e, consequentemente, registrados e mensurados predominantemente conforme sua forma jurídica.
Dois conceitos inter-relacionados são essenciais para o entendimento dessa nova realidade contábil: (i) a representação verdadeira e apropriada; e (ii) a primazia da essência sobre a forma. A contabilidade somente cumprirá sua função essencial de fornecer informações úteis ao processo de tomada de decisão de seus usuários se refletir verdadeiramente a realidade econômica subjacente. Para que essa representação apropriada (true and fair view) possa ser alcançada, é importante observar a primazia da essência econômica sobre a forma jurídica dos eventos econômicos.
Dessa forma, com a mudança iniciada com a edição da Lei 11.638, de 2007, resgata-se a característica fundamental das demonstrações contábeis, que devem representar fidedignamente a realidade dos efeitos econômicos das transações, independentemente do seu tratamento jurídico.
Nesse sentido estabelece o Pronunciamento Conceitual Básico do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (), aprovado pela Deliberação CVM nº 539, de 14 de março de 2008:
“33. Para ser confiável, a informação deve representar adequadamente as transações e outros eventos que ela diz representar.
Assim, por exemplo, o balanço patrimonial numa determinada data deve representar adequadamente as transações e outros eventos que resultam em ativos, passivos e patrimônio líquido da entidade e que atendam aos critérios de reconhecimento.
(…)
35. Para que a informação represente adequadamente as transações e outros eventos que ela se propõe a representar, é necessário que essas transações e eventos sejam contabilizados e apresentados de acordo com a sua substância e realidade econômica, e não meramente
sua forma legal. A essência das transações ou outros eventos nem sempre é consistente com o que aparenta ser com base na sua forma legal ou artificialmente produzida. Por exemplo, uma entidade pode vender um ativo a um terceiro de tal maneira que a documentação indique a transferência legal da propriedade a esse terceiro; entretanto, poderão existir acordos que assegurem que a entidade continuará a usufruir os futuros benefícios econômicos gerados pelo
ativo e o recomprará depois de um certo tempo por um montante que se aproxima do valor original de venda acrescido de juros de mercado durante esse período. Em tais circunstâncias, reportar a venda não representaria adequadamente a transação formalizada.”

Empreendedorismo em alta no País


Este é um dos melhores momentos para se abrir uma empresa no Brasil. O cenário nunca foi tão favorável aos empreendedores, pela conjunção de uma série de fatores que costumávamos ver como exclusividade dos países desenvolvidos. – A economia brasileira registrou em 2010 o maior crescimento em 24 anos, a renda per capita alcançou um dos maiores patamares dos últimos anos e a perspectiva para este ano é que o PIB cresça, mesmo num ritmo menor do que o ano passado, portanto, a atividade econômica continuará aquecida. Ainda, o nível de emprego e o aumento do poder aquisitivo dos brasileiros que se verifica nos últimos anos completam este quatro.
A melhor notícia é que empreendedores brasileiros estão cada vez mais sintonizados com o cenário macroeconômico e as perspectivas positivas que se abrem tanto para quem quer iniciar um negócio quando para os que planejam ampliar as suas empresas, sejam pequenas, médias ou grandes. Prova disso é o resultado da última pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor) reconhecida mundialmente como o maior estudo contínuo sobre a dinâmica empreendedora do mundo. O estudo é executado no Brasil numa parceria do IBQP com o Sebrae, o Senai/PR e a UFPR.
Somos líderes entre os países do G-20 em número de empreendedores iniciantes, com uma taxa de 17,5% sobre a população adulta, ou seja, 21,1 milhões de pessoas. É a maior taxa desde o início da pesquisa, em 2000. E o melhor de tudo é que, na média, enquanto um brasileiro abriu uma empresa por necessidade, dois abriram por oportunidade.
Enfim, estamos pouco a pouco superando a fase do surgimento dos microempresários que se lançavam a uma atividade própria porque tinham perdido o emprego – portanto, muitas vezes sem a expertise, a experiência e os recursos necessários para sobreviver no mercado – para a formação de uma plêiade mais preparada e conectada às perspectivas que se abrem em todos os setores da economia. Esses têm visão de longo prazo e estão atentos a chances de atuar além das nossas fronteiras.
O crescimento do número de jovens empreendedores, entre 25 e 34 anos, com formação universitária e pós-graduação, colabora para este movimento de mudança de patamar. Grande parte deles são os desbravadores do mundo corporativo virtual, criando e propondo novos negócios e parcerias pela Internet, inclusive contando com recursos de investidores estrangeiros, que apostam no talento e na criatividade dos brasileiros.Para se ter uma idéia, o comércio eletrônico este ano deverá faturar R$ 20 bilhões, o que representa um crescimento de 30% comparado com 2010, conforme estimativa da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico. O uso dasredes sociais para a comercialização de produtos e serviços é uma tendência que cresce mundialmente e também se fortalecerá no País.
Outro mercado que se abre à nova geração de empreendedores é o de sustentabilidade. Estudos nesta área indicam que os brasileiros estão dispostos a pagar mais por artigos ambientalmente amigáveis e a comprar cada vez mais produtos sustentáveis.
A favor dos novos empresários, uma série de iniciativas governamentais, do setor financeiro e de entidades de apoio ao empreendedorismo se multiplica. Apenas para nos limitarmos às mais recentes, o programa federal Empreendedor Individual acaba de chegar a 1,29 milhão de participantes. Eles passam a ter direitos garantidos, como acesso à Previdência Social, por exemplo, além de contribuir diretamente para a sustentabilidade do sistema econômico, já que saíram da informalidade.
Diversos benefícios estão atrelados ao programa, como a redução da alíquota previdenciária paga pelos formalizados de 11% para 5% do salário mínimo, isenção de taxas, diminuição da carga tributária e acesso a crédito.
Ainda, houve a criação da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, com status de ministério.
Por sua vez, a concessão de microcrédito tem crescido por volta de 30% ao ano nos últimos anos. Em 2010, o desembolso total foi de R$ 2 bilhões. Em março, o BNDES anunciou a elevação da dotação do programa, de R$ 250 milhões para R$ 450 milhões até o fim de 2012, justamente visando promover a geração de renda e emprego na economia popular e, dessa forma, ampliando as possibilidades de financiamentos para pequenos empreendedores, seja pessoa física ou jurídica.
Por fim, verificamos tanto entre as instituições financeiras públicas quanto privadas iniciativas concretas no sentido de ampliarem a sua atuação como fontes de crédito, abraçando o papel de consultores e apoiadores das atividades dos empreendedores brasileiros, em respeito às suas demandas específicas, já que as pesquisas e o próprio mercado demonstram que a mortalidade das empresas nos primeiros anos de vida tem, entre seus principais motivos, a capacitação para os negócios e a falta de recursos financeiros depois do investimento inicial.
Fonte: DCI – SP via Fenacon

IFRS é linguagem universal


Do mesmo modo como acontece nas mais diferentes áreas, na Contabilidade a globalização também estabelece uma série de adequações, tendo em vista a busca de padrões e práticas. – Hoje numerosos países têm projetos oficiais de convergência das normas contábeis locais para as normas internacionais de contabilidade conhecidas como International Financial Reporting Standards (IFRS), inclusive o Brasil.
Bacharel em Ciências Contábeis com mais de 30 anos de atuação no setor, o sócio de auditoria da BDO RCS e professor de Contabilidade Internacional da Fundação Santo André, Jairo da Rocha Soares (foto), é um entusiasta do assunto. “A contabilidade internacional é um tema fascinante, objeto de discussões permanentes na Fundação”, diz Soares que também leciona nas faculdades Costa Braga e FMU e pós-graduação na Universidade Metodista.
O executivo ressalta que da mesma forma como os negócios desenvolveram dimensões internacionais ao longo da história, a contabilidade também se desenvolveu. Como exemplo, citou o crescimento do comércio internacional na Itália no fim da Idade Média (e o desejo do governo de encontrar uma maneira de cobrar impostos pelas transações comerciais) que levou à criação da escrituração contábil de partida dobrada, surgida em Veneza em 1942.
Nos idos de 1870, diante do crescente desenvolvimento das atividades comerciais, o império britânico constatou a necessidade de administrar e controlar as empresas nas colônias, por meio da revisão e verificação dos registros. Assim surgiu a profissão contábil pública organizada na Escócia e na Inglaterra. Desde então, há uma interação mútua entre auditores e consultores a fim de obter procedimentos e técnicas contábeis que permitam a revisão e o relato de demonstrações financeiras.
“Convergência significa constante aprendizado mútuo entre países e organizações contábeis, o que exige alto nível de normas para profissionais de finanças”
Desconhecida até o início dos anos 90, a Internet hoje é indispensável para a obtenção de informações financeiras internacionais. Além disso, o desenvolvimento das áreas de telecomunicação e informática possibilita que as informações sejam registradas, transmitidas e revisadas com velocidade e precisão inimagináveis anos atrás.

Arrecadação perde fôlego mas terá aumento em 2011, diz consultoria


Embora espere uma desaceleração no ritmo da arrecadação de impostos e contribuições federais nos próximos meses, o economista da MCM Consultores Marcos Fantinatti avalia que o resultado do ano como um todo será bom o suficiente para que o governo possa cumprir a meta de superávit primário. “Esperamos uma expansão real de 11% (da arrecadação) em 2011″, disse. Ele estima uma receita total nominal de R$ 975,5 bilhões em comparação com R$ 826,5 bilhões obtidos no ano passado. No acumulado de janeiro a agosto, a arrecadação soma R$ 630,464 bilhões, conforme a Receita Federal.
Ao avaliar a arrecadação de agosto – que totalizou R$ 74,608 bilhões, um avanço real de 8,11% em relação ao mesmo mês de 2010 -, o economista acredita que serão cada vez menos frequentes receitas atípicas nos próximos resultados. “Vamos ver cada vez menos esse efeito sobre aarrecadação. Além disso, o arrefecimento da atividade industrial tende a pesar sobre os números”, disse.
Levantamento feito pelo AE Projeções com 15 instituições financeiras mostrou que elas esperavam uma arrecadação de R$ 72,500 bilhões a R$ 82,000 bilhões, intervalo que gerou uma mediana de R$ 75,600 bilhões em agosto, contra o resultado efetivo de R$ 90,247 bilhões obtido no mês anterior. A MCM Consultores previa uma arrecadação de R$ 75,420 no mês passado.
Para Marcos Fantinatti, MCM Consultores, resultado do ano como um todo será bom o suficiente para que o governo possa cumprir a meta de superávit primário
por Maria Regina Silva, da Agência Estado