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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O Brasil, os EUA e a crise europeia

Este materia que os leitores vão ler, indica que em meio as turbulencias no mercado financeiro internacional, por conta de UE e EUA, não isenta o Brasil de riscos.
Aqueles que estão lá nas alturas do poder e com a cabeça mais em Vênus no que na Terra, deveriam estar vênus esta matéria, antes de ficarem cantando a mesma canção de que o Brasil é uma ilha, onde nem marolinha nos chega.
Não é possível prever a extensão e a profundidade do mergulho das economias da Europa e dos EUA, mas se pode esperar, no mínimo, uma estressante instabilidade financeira, ao lado da inflexão para baixo no crescimento da economia mundial.

E
No caso dos EUA, o impasse político sobre os limites do endividamento público ocorreu quando a economia apresentava sinais de fraqueza. A política monetária frouxa e a desvalorização do dólar nos últimos anos mostraram-se incapazes de reativar a demanda e o crescimento de maneira sustentada.

E o Brasil? Sua economia, nos últimos anos, exibiu um crescimento dentro da média da América Latina, abaixo da Ásia e acima dos centros desenvolvidos. Isso foi conseguido devido à excepcional performance das exportações de matérias-primas e alimentos, na quantidade e, principalmente, nos preços. Nunca antes na história deste país os preços das exportações brasileiras cresceram tanto durante um período tão prolongado.
O estilo de desenvolvimento brasileiro tem combinado aspectos curiosos. O sistema financeiro privado é relativamente sólido. A taxa de juros é a mais alta do mundo, não obstante os riscos de crédito e câmbio terem declinado. A enorme diferença entre os juros domésticos e os internacionais apreciou a taxa de câmbio como em nenhum outro país, prejudicando as exportações de manufaturados e favorecendo suas importações. A carga tributária é a maior dos países emergentes, mas a poupança governamental é baixa. A taxa de investimentos é pequena em razão dessa reduzida poupança e da falta de oportunidades (rentáveis) de investimentos do setor privado, principalmente na indústria. O consumo se expandiu a um ritmo bem superior ao do PIB. Há uma marcha forçada de desindustrialização em razão do câmbio e da carga tributária. O saldo da balança comercial tem caído apesar do “boom” de preços, e o déficit em conta-corrente cresceu rapidamente, junto com o passivo externo do país. Devido aos juros muito altos e ao real supervalorizado, vão se multiplicando os subsídios fiscais ao setor privado, sem planejamento nem controle da eficácia. Em suma, trata-se de um “modelo” de crescimento que não é sustentável por muito tempo, embora, a curto prazo, exiba indicadores razoáveis de emprego, renda e consumo, além de bons negócios nas áreas financeira e de commodities.


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